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Nota Informativa Dengue

Nota Informativa – DENGUE

22 de abril de 2024

A dengue é uma infecção viral transmitida por mosquitos que causa sintomas semelhantes aos da gripe, incluindo febre, dor de cabeça, dores musculares e articulares, erupção cutânea e fadiga. É causada pelo vírus da dengue, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Em alguns casos, ela pode progredir para uma forma mais graves que podem ser fatais.

No estado do Paraná, a dengue é um problema significativo de saúde pública, especialmente durante as estações chuvosas, quando ocorre um aumento nas populações de mosquitos, incluindo o Aedes aegypti, responsável pela transmissão da doença. De acordo com dados do ano epidemiológico 2023-2024, o estado registrou um total de 219.045 casos confirmados de dengue e 140 óbitos, destacando a gravidade e o impacto dessa enfermidade na população paranaense. Infelizmente, a situação no município de Jaguariaíva reflete a realidade estadual. Atualmente, há 105 casos confirmados de dengue, dos quais 78 são autóctones, ou seja, contraídos localmente. Além disso, o município enfrenta um alto índice de infestação do mosquito Aedes aegypti, com um Índice de Infestação Predial (IPP) atual de 2,3. Essas condições combinadas representam um sério risco para a saúde da população e aumentam a possibilidade de uma epidemia da doença. Medidas urgentes de controle de vetores e conscientização da comunidade são necessárias para prevenir a propagação da dengue. A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, sendo ele o vetor principal da doença responsável por transmitir o vírus de uma pessoa infectada para uma pessoa saudável através de sua picada. O Aedes aegypti é uma espécie de mosquito que se reproduz em água parada, geralmente encontrada em recipientes como vasos de plantas, pneus, recipientes descartados, caixas d'água mal vedadas e outros recipientes onde a água pode se acumular. É importante destacar que a transmissão da dengue não ocorre diretamente de pessoa para pessoa. Em vez disso, o vírus é transmitido quando o mosquito, no caso a fêmea do Aedes aegypti pica uma pessoa infectada e, em seguida, pica uma pessoa saudável, introduzindo o vírus em seu sistema circulatório.

Os principais sintomas da dengue são febre alta com início súbito, dor de cabeça, dor atrás dos olhos (que pode piorar com o movimento dos mesmos), perda do paladar e apetite, manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores, náuseas e vômitos, tonturas, extremo cansaço, moleza e dor no corpo, além de dores nos ossos e articulações. Em caso de suspeita de dengue e/ou presença desses sintomas, deve-se procurar um serviço de saúde para avaliação profissional especializada, evitando sempre a automedicação, prática que pode agravar o quadro da doença.

Não existe tratamento específico para a dengue, mas cuidados de suporte, como repouso, hidratação e analgésicos, podem ajudar a controlar os sintomas. Para casos graves, pode ser necessária hospitalização.

 

CONTROLE ENTOMOLÓGICO DO MOSQUITO:

Prevenir a dengue envolve controlar as populações de mosquitos, evitar picadas de mosquitos

(usar repelentes, usar mangas e calças compridas e mosquiteiros) e eliminar águas paradas onde os

mosquitos se reproduzem.

Diariamente as equipes de Agentes de Saúde e Controle de Endemias realizam visitas nas

residências do município, com o intuito de localizar focos e reservatórios de dengue, e manter a

população informada. No último trimestre eles realizaram 22.894 visitas, identificando e eliminando

um total de 1.193 depósitos de água parada, possíveis criadouros do mosquito. Foram identificadas

1.301 larvas do Aedes Aegypti provenientes deste trabalho.

O trabalho de fiscalização é continuo, e não realizar as medidas de prevenção, como manter o

quintal limpo é uma infração sanitária. Por este motivo os proprietários que não mantêm seus quintais

livres da presença do Aedes Aegypti são notificados, podem responder processo administrativo e ser

multados.

CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO ATUAL:

Casos de Dengue Notificados: 295

Casos em Investigação: 45

Casos Descartados: 145

Casos Confirmados: 105

✓ 27 - Importados

✓ 78 - Autóctones

 

ATENDIMENTO DE PACIENTES COM SINTOMAS SUGESTIVOS PARA DENGUE:

Atualmente o município apresenta uma rede organizada para atendimento dos pacientes com

sintomas de Dengue, manejo adequado e diagnóstico. Os pontos de atendimento preferenciais são as

Unidades Básicas de Saúde (UBS):

- UBS Drº Domingos Cunha

Endereço: Rua Paranaguá - Santa Cecília

Horário: Segunda a Sexta-feira, das 07:00 às 21:00 horas.

Telefone: (43) 3535 9311.

- UBS Drº Hélio Araújo de Masi

Endereço: Rua Márcio Araújo Mota, s/n, Centro

Horário: Segunda a Sexta-feira, das 07:00 às 21:00 horas.

Telefone: (43) 3535 9320.

- UBS Drº Américo Faustino de Carvalho

Endereço: Rua Prefeito Aldo Ribas Sampaio – Remonta

Horário: Segunda a Sexta-feira, das 08:00 às 17:30 horas.

Telefone: (43) 3535 9301.

- UBS Adélia Kojo

Endereço: Rua Vasco Fonseca, Lagoão

Horário: Segunda a Sexta-feira, das 08:00 às 12:00 e das 13:30 às 17:30 horas.

Telefone: (43) 3535 9346.

Na impossibilidade de atendimento em uma das Unidades, ou fora dos horários de atendimento,

procurar:

- Hospital Municipal Carolina Lupion

Endereço: Rua Sebastião Xavier Sobrinho, 592 - Cidade Alta,

Jaguariaíva - PR, 84200-000

Horário: Aberto 24 horas

Telefone: (43) 3535-5420.

 

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL:

O diagnóstico adequado da dengue é fundamental para uma classificação precisa do caso. O

principal exame diagnóstico utilizado é a Sorologia (IgM), que deve ser realizada a partir do sexto dia

do início

dos sintomas. Em casos severos da doença, a Pesquisa de Arbovírus por Biologia Molecular (RT-PCR)

pode ser realizada até o quinto dia do início dos sintomas.

Não são indicados os testes rápidos para o diagnóstico da doença, pois os disponíveis

atualmente apresentam baixa sensibilidade e podem gerar resultados equivocados. Portanto, é

fundamental realizar os exames sorológicos e moleculares específicos para uma avaliação precisa da

infecção por dengue.

É importante ressaltar que a realização dos exames laboratoriais deve ser orientada pelo

médico, levando em consideração o quadro clínico do paciente e o tempo de evolução da doença.

 

VACINA CONTRA A DENGUE:

No momento há previsão para que a vacina contra Dengue seja distribuída no Município de

Jaguariaíva. O responsável pelo envio do imunobiológico é o Ministério da Saúde e a Secretaria de

Saúde do Estado, conforme critérios epidemiológicos.

 

PREVENÇÃO:

A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti,

eliminando reservatórios de água parada que podem se tornar possíveis criadouros, como em vasos de

plantas, lagões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo

em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.

Utilizar roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia - quando os mosquitos são

mais ativos - proporcionam alguma proteção às picadas e podem ser uma das medidas adotadas,

principalmente durante surtos. Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as

instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam boa proteção para aqueles que dormem durante o dia,

como bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos.

IMPORTANTE: Manter a higiene dos locais e evitar a água parada é a melhor forma, por isso

é fundamental e essencial a participação consciente e diária de toda a população.

Não deixe água parada, destruindo os locais onde o mosquito nasce e se desenvolve, evita sua

procriação.

Deixe sempre

bem tampados e lave com bucha e sabão as paredes internas de caixas d'água, poços, cacimbas,

tambores de água ou tonéis, cisternas, jarras e filtros

Não deixe acumular água em pratos de vasos de plantas e xaxins. Coloque areia fina até a borda

do pratinho.

Plantas que possam acumular água devem ser tratadas com água sanitária na proporção de uma

colher de sopa para um litro de água, regando no mínimo, duas vezes por semana. Tire sempre

a água acumulada nas folhas.

Não junte vasilhas e utensílios que possam acumular água (tampinha de garrafa, casca de ovo,

latinha, saquinho plástico de cigarro, embalagem plástica e de vidro, copo descartável etc.) e

guarde garrafas vazias de cabeça para baixo.

Entregue pneus velhos ao serviço de limpeza urbana, caso precise mantê-los, guarde em local

coberto.

Deixe a tampa do vaso sanitário sempre fechado. Em banheiros pouco usados, dê descarga pelo

menos uma vez por semana.

Retire sempre a água acumulada da bandeja externa da geladeira e lave com água e sabão.

Sempre que for trocar o garrafão de água mineral, lave bem o suporte no qual a água fica

acumulada.

Mantenha sempre limpo: lagos, cascatas e espelhos d'água decorativos. Crie peixes nesses

locais, eles se alimentam das larvas dos mosquitos

Lave e troque a água dos bebedouros de aves e animais no mínimo uma vez por semana.

Limpe frequentemente as calhas e a laje das casas, coloque areia nos cacos de vidro no muro

que possam acumular água.

Mantenha a água da piscina sempre tratada com cloro e limpe-a uma vez por semana. Se não

for usá-la, evite cobrir com lonas ou plásticos.

Mantenha o quintal limpo, recolhendo o lixo e detritos em volta das casas, limpando os latões

e mantendo as lixeiras tampadas. Não jogue lixo em terrenos baldios, construções e praças.

Chame a limpeza urbana quando necessário.

Permita sempre o acesso do agente de controle de zoonoses em sua residência ou

estabelecimento comercial.

 

                                                    Departamento de Vigilância em Saúde